terça-feira, 12 de agosto de 2014

Litografia a seco

Litografia é um processo de gravura e impressão em pedra. Desenha-se na pedra com um material gorduroso (crayon ou tinta) e, depois de um processamento, se entinta com a pedra úmida. É um processo físico-químico: água versus gordura - a pedra úmida repele a tinta de impressão, o desenho (gorduroso) repele a água e recebe a tinta - o que possibilita a impressão no papel. Criada pelo alemão Senefelder, a litografia é a precursora do "ofsete" - processo comercial/industrial de impressão, .
A litografia a seco foi desenvolvida pelo artista canadense Nik Semenoff e consiste no uso de uma chapa de alumínio granitada (isto é, tem uma superfície granulada, semelhante à pedra). A água é substituída por silicone, que também repele a tinta. Facilita o processo e apresenta novas possibilidades. Pode ser desenhado com lápis 6B, caneta Bic, toner de impressão, entre outros materiais.
Esse procedimento foi profundamente pesquisado pelo 'Mestre Raul Cabello' - artista-gravador e professor da Escola Nacional de Artes Plásticas - ENAP, hoje Facultad de Artes y Diseño - FAD, da Universidad Nacional Autónoma de México - UNAM. 
Agradeço, aqui, a oportunidade, o prazer e a honra de ter sido recebido por ele e sua esposa, a também artista Ana Iturbe em sua casa e ateliê na cidade do México.


 Litografia a seco (crayon 6B) - realizada no ateliê - Taller El Nido - em Toluca/México, sob orientação de Xilberto Loera, 2014.

 Litografia a seco (transferência de fotografia, toner e lápis) - realizada no ateliê - Taller El Nido - em Toluca/México,sob orientação de Xilberto Loera,  2014


 
Litografia a seco (toner) - realizada no ateliê - Taller El Nido - em Toluca/México, sob orientação de Xilberto Loera, 2014

Litografia a seco (caneta bic) - realizada no ateliê da FAD/UNAM, sob orientação do Maestro Costantino Cabello, México - DF, 2014


Litografia a seco (toner, bic, crayon e marcadores) - realizada no ateliê da FAD/UNAM , sob orientação do Maestro Costantino Cabello, México - DF, 2014


2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, tenho pesquisado matrizes mais macias e de baixo custo, li sua postagem sobre o curso de gravação em diversos plásticos e gostaria de saber sua opinião e indicação para aquisição de um material que fosse assemelhado ao linóleo da Speedball mas que não fosse tão caro. Desde já agradeço. Marcelo.

Zè César Gravuras disse...

Marcelo,
trabalhei com Paviflex, que é um material utilizado para piso, creio que pode ser encontrado em casas especializadas - os que eu utilizei eu ganhei... Corta com goivas e buris, com facilidade. Ele quebra muito fácil, é melhor colá-lo sobre um papel pinho ou paraná, para facilitar a manipulação.
Utilizei também gesso, esses que se usam para forro de casas. São peças grandes, que podem ser cortadas. Com qualquer ferramenta se pode gravar, macio como manteiga. Mas quebra muito fácil e tem que ser impresso com barén. A colher quebra as bordas dos sulcos, não convém usar. Pode-se também 'fazer' um bloco de gesso, com gesso e cola.
Utilizei também o polietileno, mas é muito difícil de ser encontrado, pelo menos aqui em Goiânia.
Falar nisso, de onde você é?
Abção.
ZèCésar