VAI PRA CUBA!...
A esse bordão, que se ouviu muito, dirigido aos eleitores e
simpatizantes das realizações do governo brasileiro, eu acrescentaria: Você
também! Porque vale a pena conhecer, eu estive em Havana para fazer uma
exposição e me apaixonei.
O povo cubano é simpaticíssimo! Parece com o brasileiro, são muito
atenciosos, alegres, comunicativos e musicais. E gostam muito dos brasileiros e
da música brasileira.
O Centro da cidade se parece muito com Salvador, os casarios antigos, sobrados,
dois ou três andares, lembra muito o Pelourinho... A maior parte precisa de uma
boa restauração, muitos já estão restaurados, é verdade, mas muito pouco ainda.
Vista da
cidade do alto de um hotel.
“reflexos”
Mesmo
edifício anterior – arredondado e todo de espelhos que refletem o entorno – sob
diferentes ângulos.
O país é
pobre. Tem-se a impressão que se compõe de somente uma classe social – uma
classe média, com uma qualidade de vida similar à nossa classe média baixa (uma
classificação muito pouco científica, mas...). Mas, ninguém passa fome, não
existe miséria. O povo compra com uma moeda local – o peso cubano – tem lojas
específicas para eles, assim como restaurantes onde pagam muito barato. Enquanto
o turista paga com uma outra moeda – o CUC, que vale quase um dólar. Um turista
de classe média brasileira pode curtir muito bem em Cuba.
Tiveram um
período dificílimo quando perderam o apoio da União Soviética. Quando se
abriram para o turismo – hoje uma de suas maiores fontes de renda – deram uma
melhorada. Há insatisfação, principalmente por parte da juventude que não vê muita
perspectiva no estudo, na universidade... trabalhar num hotel dá uma melhor
renda porque possibilita gorjeta em dólar dos turistas. Mas o cubano tem‘consciência
de povo’ – de sua história, de sua ‘cubanidade’... Esperemos para ver que mudanças
virão com a aproximação com “os irmãos do norte”.
Callejón de Hamel
- onde ocorrem manifestações culturais/religiosas de origem negra/africana – muito
semelhantes ao nosso Candomblé brasileiro. Tem bar, galeria, arte, movimentação
turística e até um ateliê de gravura.
Os carros
antigos, décadas de 50/60, circulam livremente pela cidade. São uma marca
registrada, muitos, muito bem conservados, parecem novos. Os mecânicos devem
ser verdadeiros artistas, pois têm que reconstituir – ou criar – peças que já
não existem mais.
Museu
da Revolução
Fica
no antigo palácio de governo na época do ditador deposto, Fulgêncio Batista.
Conta toda a história da tomada do poder – assim como tentativas anteriores,
quando muitos foram presos ou assassinados.
Os
hotéis de luxo que existem hoje em Havana eram os cassinos – luxuosos, imensos
– freqüentados pelos milionários americanos que iam à ‘ilha’ para jogar e em
busca de prostituição... Sua ostensividade dá para entender o porquê da revolução:
“Cuba era o quintal, ou melhor, o bordel dos EUA.”
Imagem de Che
Guevara na Praça da Revolução, um dos um dos ícones do Movimento, cultuado pelo
povo juntamente com Camilo Cienfuegos.
“Puertas,
janelas, ventanas...
...y balcões”
Visão noturna
(Pode-se
andar pelas ruas de Havana, em qualquer lugar, a qualquer hora do dia ou da
noite, com toda segurança)
Y, además, hay
buenas cervezas, el famoso ‘Ron’ (que nós chamamos Rum) y los ‘puros’ – para
quem gosta, os famosos, em todo o mundo, charutos cubanos.
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