PAINT – CAOS URBANO E GRAVURA DIGITAL
Na impossibilidade de uma exposição
em uma galeria ou museu – por conta desse grave período de pandemia e
recolhimento em que ora vivemos – me proponho a realizar aqui nesse espaço uma “exposição
virtual” de meus trabalhos de gravura digital, aos quais
já há algum tempo me dedico e, nesse momento, pelas circunstâncias, mais ainda.
Levo para o paint minha experiência de gravador: ‘plasmar uma imagem em uma
superfície/matriz e imprimir sobre o papel mais adequado’. No caso da ‘gravura
digital’ não há uma matriz física. A imagem digital, produzida no computador, é
a matriz em potencial. Uma imagem criada para ser impressa e gerar uma edição –
uma tiragem uniforme. Não há um trabalho de entalhe ou ácidos, mas a realização
de um desenho com as ferramentas que o programa dispõe – que frente aos
programas profissionais de tratamento de imagens parecem limitadas – mas
oferecem uma gama imensa de possibilidades que o aprofundamento em seu universo
permite descobrir e explorar.
Além do desenho realizado diretamente
com o manuseio do mouse, que requer domínio da mão e do gesto, a criação de figuras
geométricas, linhas retas e curvas, distorções, alongamentos, multiplicação,
cortes, recortes, são possibilidades e ingredientes que se adéquam precisamente
à temática urbana que exploro – a multiplicação e sobreposição de edifícios, o
verticalismo, o caos urbano.
Há, ainda,
outras possibilidades de exploração, como partir de um desenho feito à mão em papel,
com lápis ou caneta, escaneá-lo e retrabalhá-lo, com aquelas possibilidades
citadas. O desenho serve apenas como um ponto de partida, mas não será o de
chegada, será outra coisa, outra imagem, outra possibilidade. Igualmente, se
pode partir de uma fotografia e proceder de maneira similar, interferir nas
cores e tonalidades, nas formas, na composição, nas proporções... etc. Teremos,
não mais uma fotografia/documento, mas uma imagem nova, que pode ter pouco a
ver com o referencial, criada com os recursos do programa, o paint, e a mão/criação do artista-gravador.
Cabe,
finalmente, escolher o papel, papéis convencionais para gravura ou outro nas
dimensões que se queira. As impressões podem ser feitas em impressoras caseiras
(jato de tinta) em papéis A-4, gramatura 120 ou 180. Ou em impressoras digitais
com pigmento mineral, processo conhecido como fine art, em papel 100% algodão.
Nesse
momento me proponho expô-los aqui e agora, virtualmente, e em outro momento,
fisicamente, em uma sala de exposições adequada, quando o fim da quarentena em
que estamos e devemos viver o permita.
Paint 2020 (1) (desenho em paint sobre fotografias)
Paint 2020 (3) (a
partir de fotografia)
Paint 2020 (5) (a partir de fotografia)
Paint 2020 (6) (a partir de fotografia)
Paint 2020 (8) (a partir de desenho
escaneado)
Paint 2020 (10)
(a partir de desenho escaneado)
Paint 2020 (12)
(a partir de fotografias)
Paint 2020 (13)
(a partir de fotografias)
Paint 2020 (16)
(desenho direto em Paint)
Paint 2020 (16)
(desenho direto em Paint)
Paint 2020 (20)
(a partir de desenho escaneado)
Paint 2020 (21)
(a partir de desenho escaneado)
Paint 2020 (23)
(a partir de desenho escaneado)
Paint 2020 (28)
(a partir de fotografia)
Paint 2020 (29)
(a partir de fotografia)
Paint 2020 (31)
(desenho direto no paint)
Paint 2020 (32)
(a partir de fotografia)
Paint 2020 (33)
(a partir de desenho escaneado)
Paint 2020 (34)
(desenho direto no Paint)
Paint 2020 (35)
(a partir de fotografia de grafite na parede do ateliê)
Paint 2020 (39) (a
partir de desenho escaneado)